A OMS (Organização Mundial da Saúde) emitiu em abril de 2022, um alerta sobre um tipo de hepatite aguda de origem desconhecida que está acometendo crianças e adolescente em, ao menos, 20 países. Muito severa, a doença não tem relação direta com os vírus conhecidos da hepatite e 10% dos casos exigiu transplante de fígado. No Brasil, alguns casos suspeitos estão sob investigação.
Embora a causa ainda não tenha sido determinada, a hipótese mais forte é de que esteja associada ao Adenovírus do tipo 41F, comumente associado a quadros respiratórios e gastrointestinais.
Com base nas informações atuais, a maioria das crianças afetadas não recebeu a vacina contra a COVID-19 e, no momento, a relação de casos com a vacinação está descartada. Em alguns casos relatados, foi detectada a presença do vírus SARS-CoV-2, concomitante à infecção pelo adenovírus.
A síndrome clínica entre os casos identificados é definida como uma hepatite aguda com enzimas hepáticas acentuadamente elevadas, geralmente com icterícia, precedida em muitos casos por sintomas gastrointestinais, incluindo dor abdominal, diarreia e vômitos. A maioria dos casos não apresentou febre.
Acesse a Nota escrita pela Dra. Nilza Perin, Presidente do DC de Hepatologia da SCP.