A neonatologista Dra. Lissandra Mafra Andujar representou a Sociedade Catarinense de Pediatria na audiência pública realizada no dia 5 de dezembro pela Assembleia Legislativa de Santa Catarina, que discutiu o Projeto de Lei da deputada estadual Paulinha. A proposta prevê garantir às gestantes atendidas pelo serviço público estadual de saúde o direito de optar pela cesariana eletiva a partir da 39ª semana de gestação, desde que recebam informações claras sobre riscos e benefícios.
O encontro reuniu parlamentares, profissionais da saúde e representantes da sociedade. Entre os presentes estavam a presidente do Conselho Regional de Medicina, Dra. Andréa Antunes Caldeira de Andrada Ferreira, o vice-presidente da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa, Dr. Vicente Caropreso, e o presidente da Sociedade de Ginecologia e Obstetrícia de Santa Catarina, Dr. Mario Julio Franco. O secretário de Estado da Saúde, Diogo Demarchi Silva também esteve no debate.
Em sua fala, Dra. Lissandra — neonatologista com mais de 25 anos de atuação — destacou a preocupação da Sociedade Catarinense de Pediatria com o aumento da cesariana sem indicação clínica no país e os impactos desse cenário para a saúde materna e neonatal. 
“Não há vantagem para o recém-nascido em nascer de cesariana quando não há risco à vida da mãe ou da criança. Quando eletiva, a cesárea está associada ao aumento da prematuridade, maiores complicações respiratórias, maior tempo de internação e dificuldades no início da amamentação e no contato pele a pele na primeira hora de vida”, afirmou.
Durante sua participação, ela também apresentou dados da pesquisa Mapa da Saúde da Criança Catarinense, realizada em 2024 pela Sociedade Catarinense de Pediatria. Entre os resultados, destacam-se:
– 99% das gestantes realizaram pré-natal;
– 57% dos partos foram cesarianas;
– 19% dos recém-nascidos não foram atendidos por pediatra na sala de parto;
– 44% das crianças não foram atendidas por pediatra em situações de urgência ou emergência.
Para a entidade, os números evidenciam a necessidade de fortalecer boas práticas de atenção ao parto, ampliar a presença de pediatras no nascimento e garantir estrutura adequada de atendimento neonatal no estado.
“Santa Catarina é referência em saúde, mas ainda não conseguiu reduzir a mortalidade materna nem os índices de prematuridade na última década. Quem nasce em nosso estado espera encontrar uma equipe treinada, um pediatra na sala de parto, profissionais treinados em reanimação neonatal e acesso a unidades de terapia intensiva neonatal quando necessário”, destacou.
A Sociedade Catarinense de Pediatria seguirá acompanhando o andamento do debate e permanece à disposição do Poder Público para contribuir tecnicamente com políticas públicas baseadas em evidências científicas e que priorizem a segurança das crianças.
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Dra Lissandra da Silva Mafra Andujar
Pediatria | Neonatologia
CRM/SC 6721 – RQE 3709 | RQE 4982
